São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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Julho 'aquece' nas pistas de boliche

LUÍS EDUARDO LEAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer a esfera deslizar por uma pista de 19,5 metros de comprimento para derrubar dez pinos dispostos ao fundo é uma das diversões prediletas dos paulistanos em julho.
Tradicionalmente nesse mês frio e de férias escolares, os 20 espaços para a prática do boliche na cidade registram maior movimento.
Pelo menos cinco deles (veja quadro abaixo) oferecem condições próximas às ideais. Entre as comodidades estão a recolocação automática dos pinos e marcação eletrônica dos pontos.
Os preços cobrados pelo aluguel da pista (mínimo uma hora) incluem bolas e sapatos especiais, com solado antiderrapante. As bolas pesam entre 2,5 kg (modelo para crianças) e 7,25 kg.
"Muitos pensam que o boliche é um esporte de força, mas sua prática exige mais equilíbrio do corpo e concentração", ensina o empresário Eduardo Siqueira, 37, que em agosto será um dos representantes brasileiros no "Torneio das Américas", em Miami (EUA).
Para fazer um strike (derrubar os dez pinos em uma jogada), diz Siqueira, deve-se evitar traçar uma reta imaginária entre a bola e o pino central, a fim de acertá-lo "de frente".
"Para o principiante, o melhor é jogar a bola em linha reta, mas de forma a atingir o pino central pelo flanco direito ou esquerdo", diz.
Jogadores experimentados, como o dentista Paulo Narimatsu, 34, costumam fazer a bola deslizar com efeito, em trajetória elíptica, para atingir o pino pelo "lado".
Com o efeito, a bola gira em torno do próprio eixo enquanto desliza em direção aos pinos, multiplicando o impacto.
Na terça-feira à noite, a técnica de Narimatsu lhe rendia um aproveitamento próximo a 100% em "strikes" e "spares"(derrubar todos os pinos em duas jogadas) na pista do Morumbi Shopping.
"Concentração e jogo de pernas são essenciais", disse o dentista, enquanto participava de torneio da Federação Paulista de Boliche na pista do shopping.
O recomendado é dar entre quatro e seis passos, esticar o braço para trás, flexionar as pernas (a da frente desliza suavemente), arquear levemente o braço e, com a mão quase espalmada, rolar a bola.
Com tantas recomendações, a maioria dos jogadores "amadores" opta pelo estilo "pessoal", em que as bolas costumam deslizar para as canaletas laterais sem acertar qualquer pino.
"O importante é relaxar um pouco depois do trabalho", defende o representante de exportação Alexandre Marques, 34, de colete e gravata em uma das pistas do Morumbi Shopping, na noite da terça-feira.

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