São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ataque a embaixada matou 29

MARCO CHIARETTI
DO ENVIADO ESPECIAL

Às 14h45 do dia 17 de março de 1992, uma explosão destruiu o prédio da embaixada de Israel em Buenos Aires. Houve 29 mortos. Trezentas pessoas ficaram feridas.
Até segunda-feira, este era o mais grave atentado anti-semtita já ocorrido na Argentina.
Dois anos e quatro meses após a explosão, ninguém foi preso. Os serviços de inteligência responsabilizaram o grupo pró-iraniano Hizbollah (partido de Deus), que estaria vingando Abbas Musawi, líder do grupo morto em um ataque israelense no dia 17 de fevereiro do mesmo ano.
Especialistas de Israel concluíram que os terroristas usaram um carro-bomba com 500 quilos de trotil (explosivo de alta potência).
Duas horas antes da explosão, um alto funcionário do governo israelense participara de uma reunião no prédio da rua Arroyo, 916, em um dos bairros mais sofisticados da cidade.
O então embaixador israelense, Isaac Shefir, salvou-se porque estava almoçando no momento da explosão.
Entre as vítimas havia crianças de um jardim de infância que ficava em frente ao prédio.
Na época, como hoje, uma versão indicava que os terroristas teriam contato com comunidades palestinas vivendo no sul do Brasil. Nada foi provado.
(MC)

Texto Anterior: Explosão atinge ponto fraco do Governo Menem
Próximo Texto: Psicólogos trabalham com parentes; Origem árabe gera suspeita a priori; Bolsa twem ameaça de bomba e cai 3%; Chefe de polícia escapou da explosão; Polícia detona falsa bomba em hospital; Centro da cidade volta à rotina; Vitrine com armas chama atenção; Moradores e lojistas retiram bens da área; Farmácias fecham na hora da explosão
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.