São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
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Psicólogos trabalham com parentes; Origem árabe gera suspeita a priori; Bolsa twem ameaça de bomba e cai 3%; Chefe de polícia escapou da explosão; Polícia detona falsa bomba em hospital; Centro da cidade volta à rotina; Vitrine com armas chama atenção; Moradores e lojistas retiram bens da área; Farmácias fecham na hora da explosão Psicólogos trabalham com parentes Equipes de psicólogos tentam aliviar o desespero dos parentes dos desaparecidos, que passam horas e horas em frente à sede provisória da Amia carregando fotos. Alguns aguardam informações desde a manhã de segunda-feira. Os jornais, rádios e televisões divulgam constantemente listas de desaparecidos. Origem árabe gera suspeita a priori A busca de culpados é tão desesperada que qualquer pessoa com documentos vencidos e origem árabe é um suspeito a priori. O chefe da polícia de Montevidéu teve que dissuadir um repórter argentino, que achava que um iraniano detido na capital uruguaia era um dos terroristas. Bolsa tem ameaça de bomba e cai 3% Houve ameaça de bomba ontem na Bolsa de Valores de Buenos Aires. O índice do pregão fechou em queda de 3%. Pelo menos outras quatro ameaças de bomba assustaram os argentinos durante todo o dia de ontem, repetindo o que ocorreu depois da destruição da embaixada de Israel. Nenhuma se confirmou. Chefe da polícia escapou de explosão Adrián Pellacci, que passará a chefiar a polícia argentina, estava na explosão que destruiu em 1976 a sede da Polícia Federal, matando 20 pessoas. Ele conseguiu se salvar porque havia saído momentos antes do refeitório onde a bomba foi detonada. Polícia detona falsa bomba Em um dos hospitais que receberam os feridos do atentado da Amia, uma maleta negra deixada em um corredor foi confundida com uma bomba. A polícia explodiu a mala. Não havia bomba. Centro da cidade volta à rotina Os portenhos parecem ter superado o trauma da explosão. A calle Florida, centro comercial da cidade, estava cheia de pessoas apressadas, que já não prestavam atenção às TVs que transmitiam cenas do local do atentado. Vitrine com armas chama atenção Uma das vitrines que mais chamava a atenção na calle Florida mostrava réplicas perfeitas de armas de fogo, que disparam projéteis de ar comprimido. Moradores e lojistas retiram bens da área No quarteirão da rua Pasteur, onde ficava a sede da associação judaica, moradores e lojistas passaram o dia retirando bens e mercadorias. A polícia fechou toda a região, inclusive para impedir a ação de saqueadores. Farmácias fecham na hora da explosão Várias farmácias próximas à sede da organização judaica fecharam suas portas no momento da explosão, aparentemente para não ter que ceder medicamentos para as equipes de salvamento. Texto Anterior: Ataque a embaixada matou 29 Próximo Texto: Jornal da Argentina mentiu, diz líder árabe Índice |
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