São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 1994 |
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Paulistano pede que seleção pague taxas
DA REDAÇÃO Pesquisa realizada ontem pelo Datafolha mostra que a maioria dos paulistanos acha que o governo federal errou ao liberar, sem cobrar impostos, a bagagem trazida pela seleção brasileira, tetracampeã nos EUA.Para 75%, os 95 integrantes da delegação não deveriam ter recebido o privilégio. Na opinião de 21%, a decisão foi correta. A seleção brasileira desembarcou na madrugada de quarta-feira no Rio de Janeiro, depois de escalas em Recife e em Brasília. O DC-10 da Varig transportava cerca de 17 toneladas de carga –15 toneladas a mais do que a levada para os EUA antes da Copa. A Alfândega do Aeroporto do Galeão tentou fiscalizar o material. Mas recuou depois de protestos do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e de instruções do Ministério da Fazenda. A decisão resultou ontem na queda do secretário da Receita Federal, Osiris Lopes Filho. A Folha publicou com exclusividade na terça-feira a lista de alguns produtos importados pela comissão técnica. O técnico Carlos Alberto Parreira, por exemplo, trouxe um microcomputador e acessórios de valores superiores aos US$ 500 franqueados por lei –acima desse limite, é obrigatória a cobrança de impostos. Para 79% dos entrevistados, os atletas, comissão técnica e convidados da CBF deveriam se oferecer, agora, para pagar as taxas. Na opinião de 4%, as mercadorias deveriam ser entregues à Receita; 15% acham que os jogadores deveriam permanecer com suas compras sem pagar taxas. A maioria dos ouvidos pelo Datafolha –54%– acredita que o secretário da Receita Federal acertou ao pedir demissão. Na avaliação de 38%, a decisão foi errada. O Datafolha ouviu por telefone ontem 402 pessoas, maiores de 16 anos, na cidade de São Paulo. A coordenação e análise da pesquisa ficou a cargo de Wilson Aghanatios Chammas. Próximo Texto: Inspetor da Receita se demite Índice |
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