São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 1994
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Carga equivale a 365 tVs

DA REDAÇÃO

Os jogadores e a comissão técnica levaram aos EUA o sonho do tetra e duas toneladas de bagagem. Voltaram com a taça e impressionantes 17 toneladas.
O "vôo do tetra" trouxe 15 toneladas extras de TVs, equipamentos de som, microcomputadores e outros objetos do desejo da delegação brasileira.
O peso dessas compras, descarregadas pelo DC-10 da Varig na madrugada da última quarta-feira, equivale ao de 365 TVs (de 29 polegadas) ou 131 geladeiras (de 467 litros).
É como se cada um dos 95 passageiros (jogadores, comissão técnica e convidados) trouxesse 3,85 TVs ou 1,38 geladeira.
Toda a carga do "vôo do tetra" passou pela alfândega do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro sem o pagamento de imposto.
As compras dos tetracampeões não se limitaram, porém, a essas 15 toneladas. Essa carga não inclui os equipamentos de cozinha adquiridos pelo lateral-esquerdo Branco.
As compras de Branco não couberam no avião da seleção e vieram em outro vôo. Foram as únicas retidas na alfândega.
A bagagem não foi liberada porque, pelo volume, devia ultrapassar a cota de US$ 500 permitida (acima desse valor, é cobrado o imposto de importação).
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já entrou em contato com a alfândega do aeroporto do Rio para tentar liberar a bagagem do jogador. Até agora não teve sucesso.
Ronaldo
Nem todos os jogadores da seleção trouxeram quilos de TVs e videocassetes. O centroavante Ronaldo, 17, garante só ter comprado tênis e algumas roupas.
O atacante do Cruzeiro afirmou que considerou correta a liberação da bagagem.
"Eu concordo com a exceção que abriram para nós porque a seleção batalhou bastante para conseguir o título", afirmou.
Ronaldo disse ter ouvido "conversa nos Estados Unidos" de que haveria liberação de bagagem. Ele não identificou quem teria dado a informação.

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