São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 1994 |
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Vinícola Sterling volta à forma aos 30 anos
JORGE CARRARA
A Sterling nasceu em 1964 quando Peter Newton –inglês dedicado ao comércio de papel em San Francisco– decide diversificar seus negócios e compra 20 hectares de vinhedos em Napa Valley. Pouco depois, em 69, contrata como "winemaker" um jovem enólogo, Rio Forman, que modelou alguns vinhos notáveis. Forman deixa a Sterling em 79, sendo sucedido por Théo Rosenbrand. Seja por uma mudança na estratégia ou pelo estilo do novo enólogo, os vinhos da era Rosenbrand despertaram pouco entusiasmo. A retomada começa na segunda metade da década de 80, sob o impulso de Bill Dyer, também formado em Davis, que assume o comando como "winemaker" em 85. Dyer –eleito enólogo do ano em 89 pelo jornal "Los Angeles Times"– muda o rumo dos vinhos da Sterling, tornando-os mais sólidos, robustos e atraentes. O nova roupagem pode ser conferida nos últimos exemplares das safras 90 (excelente) e 91 (muito boa), que desembarcaram em São Paulo. Entre eles está o Cabernet Sauvignon 90, que tem aroma marcado por pimentão, framboesa e baunilha, emoldurados por taninos firmes. Também adstringente, o Merlot 91 é mais encorpado, tem perfume e paladar longo marcado por cassis e leve madeira. Já o Diamond Mountain Ranch 90, com aroma e sabor combinando groselhas, ameixas e carvalho, mostra mais complexidade. O mais redondo e frutado da nova leva é o Winery Lake Pinot Noir 91, que tem perfume intenso de frutas vermelhas (cerejas, groselhas). Elas estão também presentes –rodeadas de certo defumado– no sabor persistente e equilibrado deste tinto delicioso, de qualidade equivalente a borgonhas três ou quatro vezes mais caros. Texto Anterior: Faca fica longe da mesa do tailandês Próximo Texto: Vinho francês sofre com a concorrência Índice |
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