São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Silêncio e respeito marcam ato

MARCO CHIARETTI
DO ENVIADO ESPECIAL

Os 150 mil portenhos que foram às ruas repudiar o atentado que destruiu a Amia mantiveram uma atitude de respeito e um silêncio quase total.
Havia muitos jovens. Ruben Alva, 18, foi à praça com um grupo de colegas. Quando o presidente da Daia, Ruben Beraja, disse "não devemos permitir que o medo se instale entre nós", ele quase bateu palmas. Foi contido pelos amigos.
Maria Hartmann, 34, saiu do escritório onde trabalha para ir à manifestação. Para ela, "os terroristas querem nos assustar, criar ódio e discriminação. Não vão conseguir". Maria estava na marcha que repudiou a destruição da embaixada de Israel em março de 92.
Outros preferiram criticar duramente as autoridades.
O estudante universitário Carlos Mazzi, 23, acha que o governo Menem tem culpa por não ter conseguido prender os responsáveis por outros atentados. Segundo ele, não há vontade política para isso "e a criação de uma secretaria especial não resolve nada".
O ato não teve nenhuma faixa nem manifestacão partidária, mas vários expoentes da oposição, como o ex-presidente Raúl Alfonsín e o líder da Frente Grande, Carlos "Chacho" Álvarez, estavam presentes e foram cercados por repórteres e manifestantes ao final do ato público.
(MC)

Texto Anterior: Especialistas responsabilizam o Hizbollah
Próximo Texto: Árabes da fronteira reagem
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.