São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994
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Candidato do PRN omite bens à Receita

Queiroz não declara cotas de ótica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do PRN à Presidência, Walter Queiroz, não conseguiu explicar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a omissão de US$ 1,7 milhão em bens na primeira declaração entregue ao tribunal.
Na documentação enviada ao TSE para explicar a omissão, Queiroz afirma que a retificação –onde aparecem os bens no valor de US$ 1,7 milhão–, foi feita para incorporar o patrimônio da empresa Óticas Trevo ao seu patrimônio pessoal.
"O que houve na verdade foi pura e simplesmente excesso de correção", disse Queiroz ao tribunal.
Queiroz revelou que é dono da empresa, pois ele e sua mulher, Valdeisa, possuem 100% das cotas. O fato não havia sido comunicado ao tribunal até o momento.
O problema é que nas 67 páginas de documentos enviados pelo candidato não estão as declarações da empresa. Tampouco Queiroz declarou à Receita, desde 1990, as cotas que possui na ótica.
A falta de documentação fez com que o ministro-relator do processo, Torquato Jardim, enviasse todo o processo para a Procuradoria Geral Eleitoral, que dará parecer ou pedirá novos documentos.
Além disso, Queiroz deixou de informar o TSE que possui um apartamento na avenida Vasco da Gama, conjunto Santa Madalena, em Salvador. Até 1993 o apartamento é declarado como de propriedade do candidato.
Em 1994, ele não dá qualquer informação sobre o apartamento. Queiroz argumentou que os dez pontos comerciais declarados na retificação estão em nome da ótica. Mais uma vez, falta a declaração da pessoa jurídica.
Em relação aos carros, um Ômega e um Santana, Queiroz disse que foram comprados no primeiro semestre deste ano. Ele só apresentou, porém, o documento de trasferência de propriedade do Ômega.

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