São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994 |
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Gerente nega direcionamento
DA REPORTAGEM LOCAL O gerente do Departamento de Suprimentos da Cesp, José Carlos Broisler Oliver, diz não ter havido "restrições à participação" de empresas nas quatro concorrências realizadas pela estatal.Segundo Oliver, as concorrências estão em "total conformidade" com a lei. Ele acha que as exigências dos editais de licitação não criam qualquer restrição à participação de pequenas empresas. Embora a Lei das Licitações vete as exigências que aparecem nos editais da Cesp, o gerente da empresa acredita que há brechas legais para as pequenas empresas participarem das licitações. Ele alega exigências de natureza técnica para fazer as restrições nos editais. O gerente diz que estão corretas as exigências para apresentação de contratos comprovando instalação de elevado número de postes. Ele diz a permissão para a formação de consórcios entre as empresas faz com que as pequenas empreiteiras possam se juntar a outras, de maior porte, para atender às exigências da estatal. "O nível de complexidade dos serviços é muito alto, e a Cesp não poderia correr riscos de contratar fornecedores sem a devida capacitação", afirma. Para Oliver, a exigência de propriedade de veículos não está em desacordo com a lei. Ele confirma, no entanto, que, em duas das quatro concorrências, essa exigência foi eliminada. O gerente da Cesp diz que também não há "qualquer infração legal" quanto à exigência de adiantamento para compra de material. "Essa infração só ocorreria se essa condição fosse dada ao vencedor após a licitação", diz. Oliver discorda ainda da acusação de inexistência de requisitos contábeis nos editais de licitação. "O constante nos editais em questão não difere das exigências de qualificação econômico-financeira habitualmente solicitadas pela Cesp", afirma. O vencedor José Lázaro Alves Rodrigues, diretor da Companhia Técnica de Engenharia Elétrica, que ganhou a principal fatia das concorrências, nega que sua empresa tenha sido beneficiada. "Participamos de concorrência no Brasil inteiro e em oturos países. Temos 30 anos de experiência, e nunca houve problemas", afirma. Segundo Rodrigues, sua empresa já trabalha para a Cesp há 20 anos. Carlos Adolfo Pereira, da diretoria da Planel, disse "desconehcer" qualquer tipo de irregularidade na licitação. "Tanto é que não houve nenhum recurso questionando a concorrência", afirmou. Segundo Pereira, a Planel já trabalha com a Cesp há cerca de 20 anos. Texto Anterior: Vitoriosas já atuam para estatal Próximo Texto: Licitação do Metrô limita obras a seis empresas Índice |
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