São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994
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Ricardão e a pouca vergonha

GILBERTO LEHFELD

Qualidade tecnológica e eficiência operacional. Essas são as metas que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) vem buscando atingir na administração do prefeito Paulo Maluf.
Recentemente, a cidade ganhou o primeiro lote de 300 controladores "semi-inteligentes" na área do Itaim Bibi, onde já houve um ganho de 20% nos tempos de percurso.
Um contrato para a instalação de 1.200 semáforos inteligentes estará sendo assinado, em breve, dentro do plano de implantação das CTAs (Centrais Computadorizadas de Tráfego por Área), o que há de mais moderno no mundo em controle semafórico de trânsito.
A campanha para uso de cinto de segurança obteve aumento expressivo na utilização dos cintos pelos motoristas. E quem trafega pelas marginais do Tietê e Pinheiros e outras vias expressas, vê diminuindo o abuso dos caminhões que circulavam pela faixa da esquerda.
Esses resultados concretos obtidos na atual gestão naturalmente incomodam certos "viúvos" do governo passado, como o ex-sindicalista dos metroviários Carlos Zaratini, cujo artigo publicado neste espaço (29/6) prima pela desinformação ao mencionar um fantasioso "desmonte" da CET.
Por exemplo, ao forçar uma comparação com o número de pessoas vinculadas ao controle do tráfego em Nova York e Cidade do México, ele "esquece" que para o controle dos 4 milhões de veículos que trafegam em São Paulo existem, além dos 3.000 funcionários da CET, 2.500 policiais do Comando de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar.
Este não é, entretanto, o único "esquecimento". Sua memória falha em outra questão bem mais grave, não mencionando que a empresa foi "inchada" por indicações políticas na gestão petista, chegando a ter problemas com o Tribunal de Contas do Município.
E o pior é que essas pessoas contratadas em funções privilegiadas não impediram a assinatura de contratos sem licitação, que acabaram gerando processos crimes no Decon.
O que o prefeito Paulo Maluf está fazendo é devolver à CET o papel de empresa técnica, séria e eficiente. Uma mostra dessa disposição é a política de multas pelos agentes da CET, que foi deslanchada sem planejamento no governo municipal passado, merecendo o repúdio da população, e que agora está sendo conduzida com responsabilidade, sem excessos.
Quanto ao Ricardão, vai bem, obrigado. O boneco roubado na Marginal Tietê, felizmente, não foi o nosso boneco, pioneiro da fiscalização, que está bem guardado e ocupará um lugar no futuro museu de trânsito da CET.

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