São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994
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Três são mortos dentro de casa na zona sul

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois homens armados invadiram anteontem, às 22h30, um barraco e balearam quatro homens, matando três e ferindo um.
O crime aconteceu na rua Silvina Tavares, na favela do Morro do Índio, no Jardim São Luis (zona sul de São Paulo).
Claudio Brito do Espírito Santo, 18, e seus dois amigos, conhecidos como Mauro e Sandro, foram mortos com tiros na cabeça.
Ismael Brito do Espírito Santo, 17, irmão de Cláudio, também foi baleado.
Mesmo atingido por três tiros, Ismael saiu do barraco e pediu ajuda para um vizinho, que o levou para o pronto-socorro do Hospital do Campo Limpo.
Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Regional Sul, onde foi operado. Seu estado de saúde era grave. Ele não contou para o vizinho quem eram os assassinos.
Segundo a delegada Elizabeth Ferreira Sato, da 1ª Delegacia de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, antes dos disparos um dos assassinos perguntou para suas vítimas quem havia matado seu tio.
Por isso, a delegada acha que o crime foi uma vingança. O barraco no qual os assassinatos aconteceram tem apenas um cômodo. Para chegar até ele é preciso subir uma escadaria.
A polícia apreendeu um projétil de revólver e o mandou para ser examinado no IC (Instituto de Criminalística).
Os policiais também encontraram no barraco um anel e uma cópia de certidão de nascimento em nome de Gilberto da Silva Costa.
Foi aberto inquérito para investigar o caso. Até a tarde de ontem, a delegacia não tinha pistas sobre os assassinos.
Estão marcados para terça e quarta-feira da próxima semana os depoimentos de duas testemunhas do caso.
VingançaEm junho passado, seis pessoas foram mortas e uma ficou ferida em uma casa no Itaim Paulista (zona leste). A chacina também foi uma vingança.
Os irmãos Darciliano, Everaldo e Ederaldo Capos Lima teriam matado, seis meses antes, Agenildo Pereira dos Santos, 21, na Vila Joaniza (zona sul).
A polícia prendeu um homem acusado de ser o mandante da chacina e um dos matadores que teriam sido contratados para vingar o assassinato de Santos.

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