São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994 |
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Preço cai 4,3% nos hipermercados
MAURO ZAFALON
Nos supermercados a retração foi de 1,25% no período, enquanto nos hipermercados os preços recuaram 1,94%, conforme pesquisa do Datafolha. No geral, o comércio teve retração média de 0,81% na terceira semana do mês, segundo pesquisa mais ampla da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. A desaceleração de preços ocorreu também entre os produtos da cesta básica. Dados do Procon, com base em pesquisa em convênio com o Dieese, mostram queda de 1,22% na semana. Outra pesquisa, feita pelo Datafolha incluindo apenas alimentos básicos, mostrou estabilidade na semana. A estabilidade ocorreu porque os hortifrútis, influenciados pelas recentes geadas, continuam subindo de preço. Com a queda desta semana os preços acumulam retração de 3% nos supermercados e 4,3% nos hipermercados. A pesquisa do Datafolha é feita em 24 estabelecimentos e inclui 96 produtos. A queda acumulada no mês nos produtos da cesta básica é de 2,93%, segundo o Procon/Dieese. O custo da cesta era de R$ 103,28 ontem, 0,76% menos que na quinta-feira. Os produtos de higiene pessoal lideram a queda, com recuo de 8,86% no mês. A tendência de queda é geral neste item, puxada pelo absorvente higiênico. Este item subiu muito na véspera do Plano Real e está custando 20% menos que no final de junho. No setor de limpeza a diminuição de preços no mês é de 3,64%, com as quedas chegando a 10,3% –caso da água sanitária. Os alimentos também estão em queda. Os paulistanos que foram ontem aos supermercados pagaram 2,1% menos que em 30 de junho, mostra o Procon. A pesquisa do Procon/Dieese é feita em 70 estabelecimentos de São Paulo e inclui 68 itens. Apesar da tendência de queda, vários itens estão em alta no mês. As principais ficam para cebola (19%), batata (15%), alho (12%) e café (3%). A pesquisa do Datafolha mostra que as maiores quedas de preços na semana nos supermercados ocorreram nos setores de massas (3,59%), condimentos (3,37%) e alimentos enlatados (2,52%). Já os hortifrútis mantiveram a tendência de alta, passando a custar 4,73% mais para os paulistanos na semana. O tomate liderou as altas com 19%. Segundo a pesquisa da Federação do Comércio, o item que teve a maior baixa na terceira semana do mês foi veículos e construção, com 6,61%. Os veículos novos tiveram seus preços reduzidos em 8,76% devido a promoções feitas pelas concessionárias. As autopeças, entretanto, aumentaram 0,76%. Os bens não duráveis declinaram 0,64% e os duráveis, 0,38%. Móveis e decorações baixaram 1,73%, enquanto os calçados caíram 7,43%. A pesquisa do Procon/Dieese mostra que há um ano o custo da cesta básica era equivalente a R$ 77,23. Em agosto, já estava em mais de R$ 81,00 e, ao final de dezembro, próximo a R$ 90,00. No início deste ano o custo sofreu baixa, voltando ao nível de R$ 85,00. Em fevereiro houve alta acentuada, superando os R$ 95,00. A "barreira" dos R$ 100,00 foi rompida em 11 de abril. Em maio o custo retornou para cerca de R$ 93,00. Em 9 de junho voltou a superar os R$ 100,00. O custo máximo foi registrado dia 4 deste mês, com R$ 107,73. Próximo Texto: Governo refuta aumento de café no varejo Índice |
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