São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994 |
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Jorginho se dispõe a pagar taxas
SILVIA NORONHA
Ele disse que os jogadores não devem ter privilégios diante da legislação, mas que aceitaria a isenção de impostos, se fosse oferecida como presente do governo. Leia, a seguir, trechos da entrevista que o jogador deu à Folha. Folha - Para você, foi uma atitude justa ter ficado isento de imposto sobre suas compras? Jorginho - Eu concordo que não podemos ter privilégios. Mas você há de convir que nós só passamos a receber algum parabéns do governo quando chegamos às semifinais. Se isso (isenção do imposto) for um presente do governo, eu aceito com carinho. Folha - E agora? Jorginho - Se tiver que pagar, eu pago. Eu tenho a relação de tudo o que trouxe. Além de roupas da Nike, com quem assinei um contrato, trouxe equipamentos eletrônicos, que não custam mais de US$ 1.500. Eu acho muito difícil o governo cobrar porque nós não assinamos nada. Mas não me importo se for preciso. Folha - Para você, a imagem dos jogadores ficou deteriorada por causa da crise que provocou no país? Jorginho - Estão querendo aparecer com essa história. Estão aproveitando para ganhar uma outra imagem em cima da seleção. Nós passamos de heróis a vilões. Somos acusados de sonegadores de impostos. Mais vale a minha imagem do que deixar de pagar. Folha - Quem está querendo aparecer nesta história? Jorginho - É difícil julgar. O que o Osiris (Lopes Filho, que pediu demissão do cargo de secretário da Receita Federal) quer alcançar com isso? Ele quer cumprir a lei ou quer aparecer? Estão tentando tomar as glórias da seleção. Próximo Texto: Receita não tinha como fiscalizar Índice |
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