São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Juntando os pedaços; Magnetismo; Ninho aberto; Ponto fraco; Espírito de corpo; Jeito mineiro; Virado à paulista; Fogo divino

Juntando os pedaços
Começa a discussão no PMDB sobre o espólio do partido caso se confirme a derrota de Quércia. A bancada peemedebista será decisiva na montagem da base de apoio do próximo presidente. Resta saber quem comandará a sigla.

Magnetismo
Ganha força a previsão de que o próximo presidente tentará atrair para seu partido o maior número possível de membros de outras legendas. Teme-se no PMDB que, sem uma liderança forte, a bancada fique vulnerável a estes acenos.

Ninho aberto
Tucanos de peso acham que, se vencer, FHC deve tentar atrair logo para o PSDB os antiquercistas do PMDB e fatia considerável do PDT. Além de ampliar a base no Congresso, seria uma forma de diluir a influência do PFL.

Ponto fraco
O presidente do Comitê Intertribal, Marcos Terena, ainda não conseguiu encontrar nada que diga respeito a seu povo, de 20 mil votos, nos programas de governo dos presidenciáveis. "Está faltando programa de índio", avisa.

Espírito de corpo
A equipe econômica está olhando torto para o Secretário de Orçamento, o coronel Edney Resende Moura. Nas discussões sobre reajuste do funcionalismo, Moura bateu continência. Fechou pelo aumento com o general Canhim.

Jeito mineiro
Interesses eleitorais comuns reaproximaram os desafetos Hélio Garcia, governador de Minas, e Pimenta da Veiga, coordenador da campanha de FHC. Quem vê os dois num bate-papo jura que eles nunca estiveram brigados.

Virado à paulista
O Banco Central está monitorando os contratos do governo paulista para venda de energia no mercado futuro. A preocupação é com o efeito dos negócios sobre o déficit público. É um pulo de gato que escapou ao Plano Real.

Fogo divino
A CNBB foi autorizada a usar a pira, em frente ao Planalto, em ato público programado para dia 29. Participantes das pastorais vão queimar ali alguns símbolos do que há de ruim no país, como corrupção, miséria e violência.

TIROTEIO
Do coordenador do PNBE, Emerson Kapaz, sobre a redução dos juros cobrados pelo Banco Central junto aos bancos:
– Eu quero para as empresas os mesmos juros que o governo está cobrando dos bancos. O Plano Real deve se voltar para salvar a produção, e não os bancos da quebradeira. Caso contrário, é um teatro que não acaba com a inflação.

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