São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Crescem ações contra convênios

EUNICE NUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Um número cada vez maior de pessoas com Aids está entrando na Justiça contra os convênios médicos. Os contratos excluem doenças crônicas e infecto-contagiosas
Só o Gapa-SP instaurou cerca de 60 ações contra empresas de medicina de grupo pleiteando a manutenção do convênio para pessoas infectadas pelo vírus HIV.
Os juízes têm dado liminares que obrigam os convênios a arcar com o tratamento. Mas já há sentenças de primeira instância favoráveis ao atendimento dos doentes.
O médico Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), defende a cobertura dos casos de Aids pelos planos de saúde.
"Há estudos que demonstram que os planos-empresa ficariam entre 20 e 25% mais caros se cobrissem a Aids. E 80% dos convênios são contratados com empresas. O problema são os planos individuais e familiares, cujo risco e custo é bem maior", diz Almeida.
A Abramge enviou ao Congresso um projeto de lei propondo um plano de saúde básico.
Ele permite ao trabalhador optar por uma assistência médica privada. Para isso, ele deixaria de recolher parte da contribuição ao INSS e a repassaria à empresa prestadora do serviço médico.

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