São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Consultas ao Telecheque caem 21,5%

DA REPORTAGEM LOCAL

As consultas ao Telecheque, serviço da Associação Comercial de São Paulo, caíram 21,5% do dia 1º a 21 deste mês sobre igual período de 1993.
Na comparação com o mesmo período do mês passado, a queda é de 21%. O Telecheque dá idéia das vendas à vista.
Marcel Solimeo, economista da associação, diz que a queda no uso do cheque se deve a várias razões.
"As vendas caíram, aumentou o uso do cartão de crédito, do crediário e do dinheiro em espécie", justifica.
Para ele, julho deve terminar com queda de 18% no número de consultas ao Telecheque, tanto na comparação com julho de 1993 quanto com junho de 1994.
A Goodcheck, empresa de informação e garantia de cheques, registrou na primeira quinzena deste mês queda de 17,39% nas consultas de cheques no Estado de São Paulo, informa Reinaldo Carlos Calçade, gerente de marketing.
A centralizadora de compensação de cheques de São Paulo, do Banco do Brasil, também verifica queda na emissão de cheques.
"Houve de fato uma redução na emissão de cheques, mas não muito significativa", diz José Roberto Borin, chefe adjunto.
Segundo ele, o consumidor está usando mais dinheiro em espécie, voltou a comprar a prazo e a utilizar o cartão de crédito.
Raul Rosenthal, presidente da American Express, informa que do último dia 1º até agora aumentou entre 60% e 70% o uso do cartão de crédito, na comparação com igual período do mês passado.
"Mas não houve aumento de consumo. Houve uma transferência de formas de pagamento."
Ele conta que no início do ano 100 mil pontos-de-venda trabalhavam com o cartão American Express. Hoje já são 140 mil.
Na rede de lojas da G. Aronson, por exemplo, o cartão foi responsável por vendas no valor de R$ 500 mil só nos primeiros 15 dias de uso, segundo o empresário G. Aronson.
No Mappin, o dinheiro de plástico já é responsável por 20% do faturamento da rede, segundo Sérgio Orciuolo, diretor de Comunicações e Promoções da rede. O Mappin nunca trabalhou com cartão nos seus 80 anos de existência.
Vendas a prazo
Na comparação com igual período do mês passado, o crescimento é de 13,7%. As consultas ao SPC medem as vendas a prazo.

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