São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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A FERA DA REFORMA CHIQUE

Uma matadora de onça com a alma de Chanel. Quem conhece o ateliê de costura de Edith Guerra, escondido em uma galeria de Ipanema, no Rio de Janeiro, não é capaz de imaginar que aquela cearense de 46 anos já abateu um felino dos grandes em sua terra natal, Santa Quitéria.
Mas suas clientes sabem muito bem do que ela é capaz frente a um Chanel, Armani ou Lagerfeld.
Sua oficina chama-se Ragazza, como a confecção que mantém há dez anos na lojinha de Ipanema. Atende em média 20 clientes por dia, a maioria em busca de reforma para roupas descoladas. Um modelo de grife que caiu de moda logo volta a ser "in" nas mãos de Edith e de suas seis assistentes. É o segredo do seu sucesso.
Que o digam Claudia Raia, Norma Bengell, Martinara Costa, Cristina Mortágua, Monique Evans, Karmita Medeiros, Ana Maria Tornaghi – entre as muitas "descoletes" que já passaram por lá.
As reformas – ou, como prefere, "reciclagens" – podem ser radicais: um terno Armani já virou tailleur feminino, por exemplo.
Edith é rápida: três horas antes de estrear ao lado de Fausto Fawcett, a loura Marinara baixou no ateliê com o desenho da roupa que queria usar. Saiu dali para a fama.
Edith costurou seu primeiro vestido aos 10 anos, ama os gatos e venera Coco Chanel. Tem autoridade para detectar tendências. No final do último verão, dizia: "Aposto no xadrez". Não deu outra.
– DC e LC

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