São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Bisol e uso da máquina acirram debate em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PT ao governo de São Paulo, José Dirceu, acusou ontem seu rival Barros Munhoz (PMDB) de usar funcionários do Baneser em sua campanha.
A declaração provocou um dos raros momentos de tensão do debate entre candidatos ao governo de São Paulo promovido pela TV Bandeirantes.
Munhoz afirmou que não há funcionários públicos em sua campanha e devolveu a acusação: "O PT deve se preocupar com o Bisol". O petista replicou com acusações contra Orestes Quércia, candidato do PMDB à Presidência.
Dirceu defendeu Bisol sob o ponto de vista "ético", mas disse que ele "pode deixar de ser candidato" nesta semana.
O debate teve a participação de cinco candidatos, todos com menos de 7% nas pesquisas de intenção de voto. Além de Dirceu e Munhoz, estavam presentes Luiz Antônio de Medeiros (PP-PPR), Francisco Rossi (PDT) e Eduardo Resstom (PSC).
Mário Covas (PSDB), que obteve 48% na última pesquisa Datafolha, não participou do debate. Medeiros foi o único a criticar a ausência do tucano.
A maior parte do debate foi marcada pela previsivilidade.
Munhoz defendeu seu projeto para a agricultura e os 12 anos de governo peemedebista no Estado, em especial os de Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho.
Mas admitiu que há uma "deteriorização inquestionável" nos salários dos professores estaduais.
Dirceu e Medeiros defenderam a criação de empregos e o apoio às micro e pequenas empresas. Rossi começou o debate com referência à sua origem evangélica: "enquanto não praticarmos a ética cristã, não resolveremos problema nenhum".
Resstom falou em participação da comunidade e aproveitou para prometer a construção de uma passarela de pedestres em Botucatu, onde presenciou um acidente.

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