São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Ausência é parte de estratégia

DA REPORTAGEM LOCAL

A não-participação em debates tem sido nas últimas seis eleições uma das principais estratégias de candidatos interessados em evitar desgastes e ao menos manter inalterada sua posição nas pesquisas.
A prática, iniciada em 1985 pelo então candidato a prefeito Jânio Quadros, será seguida, entre outros, pelos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Orestes Quércia (PMDB) e por Mário Covas, candidato tucano à sucessão paulista.
Em função de sua boa colocação nas pesquisas –apesar dos avanços de FHC–, Lula deve comparecer a, no máximo, três debates. Evitaria assim desgaste, já que seria alvo preferencial dos adversários, sobretudo agora com as acusações contra Bisol.
Apesar de não estar entre os líderes, Quércia também quer evitar confrontos com outros candidatos até o lançamento do programa de governo, previsto para hoje.
Assim, Quércia concentraria seus argumentos nas propostas de governo, tentando se desviar de perguntas a respeito de denúncias sobre enriquecimento rápido.
Na disputa pelo governo paulista, Covas, a fim de evitar arranhões no seu atual patamar de intenções de voto (54%), deve ir a apenas um dos três debates já marcados pela TV Bandeirantes.

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