São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994 |
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Patrimônio público foi lesado, diz Aristides
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O procurador-geral da República, Aristides Junqueira, afirmou ontem que "houve lesão ao patrimônio público" no caso da liberação da bagagem dos passageiros do vôo da seleção brasileira.O vôo trouxe dos Estados Unidos jogadores e comissão técnica da seleção, além de convidados da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). As bagagens foram liberadas no Aeroporto Internacional do Rio sem a fiscalização de rotina por parte da Receita Federal. O pedido teria partido do presidente Itamar Franco. Junqueira disse que a liberação das mercadorias "é um descumprimento da lei, e não há justificativas para isto". Questionado se os jogadores, membros da delegação e convidados teriam que pagar o imposto devido, o procurador-geral da República disse que "o normal é que todos paguem". Na última quinta-feira, o Ministério Público havia pedido explicações ao ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, sobre os procedimentos tomados para liberação da bagagem. Ricupero recebeu prazo de 15 dias para responder. O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Tesouro) pediu ao Ministério Público a abertura de inquérito para investigar o caso. O órgão aguarda as explicações de Ricupero para decidir se instaura o inquérito. O avião que trouxe a seleção brasileira, segunda-feira da semana passada, tinha 110 passagerios e trouxe dos EUA amigos e parentes de jogadores e dirigentes. O então secretário da Receita Federal, Osiris Lopes Filho, pediu demissão depois que suas ordens para inspecionar as bagagens foram descumpridas. A carga trazida no vôo pelos passageiros é estimada em 15 toneladas. A Receita calcula que o imposto devido chega a US$ 1 milhão. Texto Anterior: Varig não tem controle de bagagens da seleção Próximo Texto: Osiris descarta assumir cargo público Índice |
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