São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994 |
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Osiris descarta assumir cargo público
SÔNIA MOSSRI
Osiris avalia que sua saída da Receita –por não concordar com a liberação das bagagens da seleção brasileira de futebol– repercutiu negativamente para o governo e que isto pode provocar retaliações por parte do Planalto. Desde que deixou o cargo na última quinta-feira, Osiris foi convidado para ser o procurador de Justiça da Universidade de Brasília. Ele é professor de direito tributário da UnB. Atualmente classificado pelo Planalto como opositor ao governo, Osiris também foi sondado pela prefeitura de Belo Horizonte para assessorar a administração Patrus Ananias. Osiris não pretende aceitar nenhum destes convites. Ele tem o apoio da mulher, Malvina, auditora fiscal concursada e atualmente assessora da Secretaria de Assuntos Estratégicos. No final de semana, interlocutores comuns do grupo de Juiz de Fora e de Osiris irritaram o ex-secretário com o argumento de que deveria "ter segurado a barra" e evitado o desgaste, perante a opinião pública, do governo Itamar Franco. Osiris desentendeu-se até mesmo com o seu padrinho no Planalto e responsável pela sua nomeação para Receita, o secretário-geral da Presidência da República, Mauro Durante. Nos pedidos de demissão de Osiris anteriores ao da semana passada, Durante sempre foi o principal suporte do ex-secretário do Planalto. Por isso mesmo, Durante entrou em choque com o restante da equipe econômica. A nomeação de Sálvio Medeiros Costa como novo secretário da Receita Federal, foi publicada ontem no "Diário Oficial da União". Costa se reuniu durante toda a tarde de ontem com os coordenadores das diversas áreas da Receita. A posse ainda não foi marcada. Texto Anterior: Patrimônio público foi lesado, diz Aristides Próximo Texto: Fazenda já descarta medidas anticonsumo Índice |
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