São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Pacto acaba com história de reuniões clandestinas

DA REDAÇÃO

O rei Hussein orgulha-se de já ter se encontrado com todos os líderes israelenses, menos Menachem Begin.
O acordo assinado ontem em Washington coroa uma história de negociações secretas iniciada antes mesmo da fundação de Israel.
Em 1948, a futura primeira-ministra Golda Meir viajou disfarçada para Amã, onde se encontrou com Abdullah, avô de Hussein.
A longa fronteira entre os dois países, a maior de Israel com uma nação árabe, colaborou para esses encontros.
Desde que foi coroado, em 1952, Hussein se encontrou com diversos líderes israelenses.
Em uma ocasião ele teria passeado pela rua Dizenghoff, a principal artéria comercial de Tel Aviv, capital de Israel.
Mas esses contatos não impediram que Israel e Jordânia fossem à guerra por duas vezes.
Em 1948, na Guerra de Independência de Israel, a Legião Árabe da Transjordânia invadiu e ocupou a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém, onde combateu tropas de Israel.
A partilha da Palestina aprovada pela ONU no ano anterior previa a formação de um Estado palestino na Cisjordânia e a internacionalização de Jerusalém.
Na Guerra dos Seis Dias (1967), Israel atacou a Jordânia e conquistou a parte oriental de Jerusalém e os territórios a oeste do rio Jordão.
Apesar de ter perdido o controle sobre a Cisjordânia, Hussein manteve os vínculos de seu país com a região até 1988, quando renunciou à soberania sobre a área.
No ano seguinte, em um movimento que sepultou a proposta de um Estado palestino subordinado à Jordânia, reafirmou que a OLP de Iasser Arafat era a interlocutora de Israel em negociações de paz.

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