São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994 |
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Lula critica demora da frente
AMÉRICO MARTINS
"Os eleitores estão esperando que a situação se defina o mais rápido possível", afirmou, às 13h30, no estúdio onde gravou os seus primeiros programas para o horário eleitoral gratuito de TV, na Vila Olímpia, em São Paulo. Até então, Lula vinha afirmando apenas que não tinha feito um cálculo do prejuízo eleitoral que sofreu com a crise. Segundo o candidato, os partidos que compõem a Frente Brasil Popular tiveram tempo para definir suas posições em relação à substituição ou à permanência de Bisol na chapa. A crise na campanha petista teve início há 27 dias, com as denúncias contra Bisol. "O que devemos fazer agora é deliberar", afirmou. Lula voltou a se eximir das responsabilidades pela possível substituição de seu vice. Ele disse que "cumpriu a sua obrigação de candidato" ao convocar os presidentes dos outros partidos que integram a frente para definir a situação de Bisol. À tarde, o presidenciável não quis antecipar que posição iria defender durante a reunião da noite entre os partidos da frente. Na sua avaliação, seria "falta de ética" antecipar essa informação antes do início do encontro com os representantes das outras legendas da frente. Apesar da crítica à demora da frente, ele chegou a afirmar que a reunião noturna, em seu comitê eleitoral, poderia não ter uma decisão final. Segundo o candidato, numa reunião "tudo é possível". O candidato petista voltou a defender Bisol. Segundo ele, as acusações contra seu vice são improcedentes. Mais uma vez, Lula criticou a imprensa. Segundo ele, os meios de comunicação "de forma preponderante, têm candidato" às eleições presidenciais. Texto Anterior: Heróis caídos Próximo Texto: Petista dá sinais de nervosismo Índice |
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