São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994 |
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Policiais civis baleiam PM em perseguição
MARCELO MIGLIACCIO
Pouco depois da meia-noite, as médicas Vania Cristina Gonçalves e Maria Helena Bayer voltavam da clínica onde trabalham, a Nossa Senhora do Carmo, em Campo Grande (zona oeste do Rio), no Monza placas UC-6397. Na Tijuca, elas avistaram um carro descaracterizado atravessado na pista. Dois homens, sem coletes da Polícia Civil, mandaram que elas parassem. Temendo um assalto, as duas furaram o bloqueio. Perseguição Iniciou-se então uma perseguição pelas ruas do bairro, até que as duas conseguiram despistar o outro carro. Pediram então ajuda a dois policiais militares que estavam numa guarita, localizada na rua General Canabarro (Maracanã, zona norte da cidade). Com o policial militar Jorge Luís Pedrosa no Monza, elas seguiram com destino ao Grajaú, onde moram, mas o carro que as perseguia reapareceu e começou uma troca de tiros. Pedrosa foi baleado duas vezes e, mais adiante, o Monza bateu contra um Maverick. Outros carros da Polícia Militar chegaram e descobriram que os perseguidores do Monza eram os policiais civis Remo Nizo e Mario Marmelo. Rotina Lotados na DRE (Divisão de Repressão a Entorpecentes), os dois afirmaram que faziam uma blitz de rotina, autorizada pela direção da divisão. Segundo informações da DRE, os coletes da polícia são obrigatórios apenas em incursões a favelas. A atuação dos dois policiais, entretanto, será apurada em sindicância. Policiais da 19ª Delegacia Policial (Tijuca) disseram que os vários assaltos praticados ultimamente por ladrões que simulam barreiras policiais vêm amedrontando os moradores da zona norte do Rio, que acabam tentando furar os bloqueios. Texto Anterior: A ética do código Próximo Texto: Assalto deixa 2 mortos em SP Índice |
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