São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994 |
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Assaltante mata dois PMs, sequestra ônibus e é morto Foi encurralado pela polícia após 2 horas de perseguição ANDRÉ MUGGIATI
A sequência de crimes começou às 9h30, quando o ladrão atacou o médico Eduardo Procópio de Araújo Ferraz, 43, que estava no escritório de sua casa, no bairro City América (zona oeste de São Paulo) Segundo Ferraz, o homem estava armado e tinha cerca de 40 anos. Ele teria exigido dólares ou ouro. O médico disse não ter nada em casa. "Ele estava calmo e falou em me matar", disse Ferraz. Vizinhos que haviam visto o assaltante pular o muro da casa avisaram a polícia. Logo, três policiais chegaram ao local. O assaltante decidiu fugir e levou Ferraz como refém. Jogou o médico contra os policiais, para evitar tiros, e correu para os fundos da casa. Os policiais se separaram para procurá-lo. O ladrão surpreendeu o soldado Luís Carlos Ishibashi sozinho e o matou com um tiro na cabeça. Alguns quarteirões à frente, entrou em um ônibus com destino à praça Ramos (centro). Fingiu ser um passageiro. O ônibus foi parado pela polícia quando chegou à marginal Tietê. O assaltante sacou o revólver e foi, agachado, até o lado do motorista. Ele teria feito o motorista seguir para Osasco. "Faça o que eu mando senão você morre", disse, segundo passageiros. O menino Alessandro Corral, de 1 ano, chorava muito. Com o revólver apontado para a cabeça do menino, o ladrão disse para a mãe: "Manda ele parar ou eu mato ele". Em Osasco, na Vila dos Remédios, fez o ônibus parar junto a um matagal. Vários carros de polícia cercaram o ônibus. Ele se aproximou de uma janela e gritou: "Não atirem senão eu vou matar as crianças." Abandonou o ônibus e entrou no matagal, sempre perseguido, até por helicóptero. Houve nova troca de tiros. O tenente da PM Pedro Marco da Silva foi morto pelo assaltante. Encurralado, o ladrão foi morto a tiros pelos policiais por volta das 11h30. Texto Anterior: Criança seria o 2º filho do casal Próximo Texto: COMO FOI O SEQUESTRO DO ÔNIBUS Índice |
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