São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994
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Para a indústria, o bom senso prevaleceu

DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para as montadoras e os revendedores de automóveis, a manutenção até 31 de dezembro da alíquota de 12% de ICMS na venda de veículos foi uma "vitória do bom senso".
A expressão foi utilizada por Luiz Adelar Scheuer, presidente da Anfavea (associação dos fabricantes), e Sérgio Reze, da Fenabrave.
"Apenas lamentamos que a prorrogação não seja válida por um prazo maior", afirma Scheuer. Ele diz que as montadoras não assumiram novos compromissos junto aos governos estaduais para viabilizar a decisão tomada durante a reunião extraordinária do Confaz.
Reze elogiou a "sensibilidade" dos secretários da Fazenda e o "empenho" do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero.
Vitória
A prorrogação do acordo representa uma vitória de Ricupero e dos governadores Luiz Antônio Fleury Filho (São Paulo) e Hélio Garcia (Minas Gerais).
Ricupero, que preside o Confaz mas não tem direito a voto, abriu a reunião fazendo um apelo em seu nome e do presidente Itamar Franco para que o conselho adiasse o fim do acordo que diminuiu as alíquotas.
Defensor do fim do acordo, o secretário da Fazenda de Roraima, Antônio Leocâdio, afirmou que a redução de ICMS foi promovida em um período de crise nas vendas de veículos e que agora o mercado está aquecido.
Ele citou a venda de carros "populares" com ágio para dizer que a manutenção do acordo beneficiaria Minas e São Paulo.
A pressão do governo federal acabou resultando em um ganho político e econômico para os governadores Fleury –que pediu a convocação da reunião extraordinária do Confaz– e Hélio Garcia.
Os dois conseguiram barrar as pressões dos outros Estados por aumento da alíquota de ICMS para 18%.

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