São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994
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GANHAM:

Lula: retomou o controle do PT ao impor o deputado Aloizio Mercadante como vice e sinalizou um eventual governo mais aberto a composições com outras forças sociais.

Mercadante: ganha outro peso político e, em caso de vitória de Lula, terá espaço importante no governo. Se Lula perder, mantém-se como nome forte para disputar a Prefeitura paulistana em 96 pelo PT.

"Unidade na Luta": a antiga tendência "Articulação" ganha no "tapetão" a força interna que havia perdido nas últimas convenções petistas.

Parlamentares: a bancada de deputados do partido tende a crescer de importância na condução da campanha de Lula.

PERDEM:
Rui Falcão: o adversário de Mercadante nas lutas petistas agora tem no candidato a vice-presidente um oponente com o aval explícito do verdadeiro dono do partido, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva.

Luiz Eduardo Greenhalgh: o líder da extrema esquerda petista perde espaço com a ascensão do "moderado" Mercadante.

Burocracia petista: sai arranhada do episódio, e a aposta da força do aparelho na direção da campanha é esvaziada com uma simples indicação de Lula.

Extrema-esquerda e esquerda: os grupos esquerdistas ortodoxos, que tomaram a máquina do partido, perdem espaço para a facção considerada mais moderada (afinada com a social-democracia). Os radicais não conseguiram contornar a crise e precisaram do "braço forte" de Lula, considerado, como Mercadante, um moderado.

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