São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994
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Venezuela investiga o atentado argentino

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O atentado que matou 96 pessoas em Buenos Aires na semana passada pode ter sido planejado na Venezuela, segundo indícios investigados pelo governo.
O ministro Rubén Creixems (Justiça) disse que informações em poder do governo indicam que o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina foi planejado na ilha Margarita, leste do país.
A ilha seria a principal das células radicais formadas na Venezuela com apoio iraniano.
O chanceler Miguel Angel Burelli se recusou a revelar maiores detalhes das investigações. "Não se tratam de ações isoladas", disse em referência ao atentado contra a Amia e a explosão de um avião panamenho que matou 12 judeus.
"Alguns vinculam o que aconteceu na Argentina com o ocorrido no Panamá e com o ocorreu há algum tempo no World Trade Center, de Nova York", acrescentou.
No fim-de-semana, o juiz argentino José Galeano esteve em Caracas para interrogar o ex-diplomata iraniano Monusheh Moatamer.
Segundo o jornal argentino "La Nación", Moatamer teria dito que um ex-oficial do Exército iraniano que viveu vários anos na Argentina planejou o atentado.
O governo venezuelano impediu que Moatamer fosse sequestrado no último dia 9 por diplomatas iranianos e levado para Teerã.
Em Buenos Aires, dois iranianos são os únicos detidos por suspeita de participação no atentado de 18 de julho.
A agência oficial iraniana "Irna" negou responsabilidade de Teerã pelos atentados e disse que eles foram obra de "inimigos do islã".
No Líbano, o grupo radical Ansarallah negou qualquer participação nos atentados. O grupo rejeita qualquer relação com documento da semana passada reivindicando o atentado para o Ansarallah.
A equipe israelense encerrou ontem buscas por corpos ou sobreviventes da explosão que destruiu a sede da Amia em Buenos Aires.

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