São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994 |
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Canastra é um 'tour' peculiar pelas Gerais
RAQUEL RIBEIRO
Uma perdiz sai assustada do meio do capim alto ao perceber a chegada de visitantes tardios. O vento na vegetação rasteira confunde os sentidos enquanto, a uma distância incalculável, o uivo do lobo-guará assinala que a vasta área tem donos. Até 1972, data de criação do parque, os 71.525 hectares da região do Alto São Francisco eram dominados por fazendas de gado. Agora, os proprietários são os cachorros-do-mato, veados, emas e algumas espécies ameaçadas de extinção como o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, o pato-mergulhão e o urubu-rei. O Parque Nacional da Serra da Canastra, no sudoeste mineiro, abre-se em extensos chapadões coloridos pelos tons avermelhados do capim gordura salpicado de milhares de flores roxas, amarelas, rosas e azuis. São 360 graus de paisagens distantes, em sua maioria, mil metros do nível do mar. Apenas as torres de alta-tensão, que impunemente atravessam a Canastra, quebram o ritmo suave desses campos de altitude propensos a incêndios de grande proporção. Protegido por escarpas e paredões que o circundam, o chapadão é cortado por uma longa estrada que leva à portaria Sacramento, ao oeste do parque nacional. Sem movimento, a estrada tornou-se rota de queijeiros que fogem da fiscalização. Percorrê-la, acompanhando a leve sinuosidade das serras das Sete Voltas e da Canastra, seguindo com calma pelo vale dos Cândidos, é um passeio peculiar pelas Gerais. LEIA MAIS Sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra na pág. 6-14. Texto Anterior: Hotel Hilton investe na gastronomia italiana; Maksoud faz em agosto festival da cozinha francesa; Bel Air faz seminário sobre impostos de viagens; Curitiba cria uma linha de ônibus para turismo Próximo Texto: Rio São Francisco nasce dentro do parque nacional Índice |
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