São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994
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Schumacher recorre da suspensão e disputa GP

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

JOSÉ HENRIQUE MARIANTEENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM
ENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM

Michael Schumacher disputa hoje a primeira sessão de treinos oficiais do GP da Alemanha de F-1, em Hockenheim.
Ontem, piloto e sua equipe, a Benetton, afirmaram que apelaram da decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), permitindo sua participação na corrida.
Na terça-feira, Schumacher foi suspenso por dois GPs e a Benetton, multada em US$ 500 mil em consequência dos acontecimentos de Silverstone, Inglaterra, no último dia 10.
Schumacher ignorou uma bandeira preta, que o obrigava a parar. Não o fez e deveria ter sido desclassificado, o que não aconteceu por pressão da equipe junto à direção de prova.
A FIA suspendeu o piloto, mas deixou claro que se ele apelasse poderia correr enquanto o recurso não fosse estudado pela Corte de Apelações.
Uma manobra inteligente de Max Mosley, presidente da FIA, que puniu o alemão e ao mesmo tempo não o deixou de fora de sua corrida.
Ontem, o próprio Schumacher estimou em 150 mil pessoas o seu público neste fim-de-semana. Tirá-lo da corrida seria um absurdo, além de um grande prejuízo.
Segundo Flavio Briatore, diretor da Benetton, a equipe apelou da decisão por achá-la exagerada. "Foi uma decisão difícil, mas a fizemos pelo esporte", declarou com indignação de político em palanque.
Briatore dissimulou, mas achou um culpado pela severidade das penas impostas pela FIA à sua equipe.
"Ridículo", foi essa a palavra que Briatore usou para classificar a atitude de Luca de Montezemolo, presidente da Ferrari, que enviou uma carta à FIA, pedindo penas duras para Benetton e seu piloto.

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