São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994 |
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Loja oferece 'consórcio' de armas de fogo
LUIZ MALAVOLTA
O consórcio não é reconhecido pela Receita Federal e pelo Banco Central e não tem apoio da polícia. Segundo o empresário Gérson Marins Júnior, 70 grupos de consorciados –com 700 participantes no total– já estão formados. O preço do revólver calibre 38 com cinco tiros é de R$ 245,00. A carabina calibre 38 com dez tiros custa R$ 666,00. Pelo consórcio, são vendidas em dez pagamentos sem juros. Marins Júnior disse que todo mês sorteia uma arma por grupo. Quem não sai sorteado, recebe a arma após quitar as dez mensalidades do consórcio. Ele prevê vender um total de 500 armas até o final do ano. "A maioria vem atrás de revólveres para defesa pessoal, porque as pessoas estão inseguras". O empresário afirmou que os compradores são, em sua maioria, homens de classe média, que temem assaltos em suas casas. "Antes de vender qualquer arma, levanto a ficha do cliente." O delegado seccional de Bauru (345 km a noroeste de São Paulo), Aloísio Garmes, disse estar "surpreso" com o consórcio. "Ele está na contramão da campanha para promover o desarmamento da população", afirmou. Marins Júnior declarou que não acredita que a iniciativa aumente a violência. O delegado disse que tem negado 50% dos novos pedidos de porte de armas de fogo para defesa pessoal e caça. "Só autorizo o porte para quem viaja com valores." Texto Anterior: "Gangues de Rolex" descobrem Londres Próximo Texto: Aos 100 anos, Caetano de Campos abriga indigentes Índice |
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