São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994
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Escola judaica tem reforço da PM

DA REPORTAGEM LOCAL

O Comando de Policiamento Metropolitano da Polícia Militar de São Paulo vai montar um esquema de segurança especial para as escolas israelitas na volta às aulas.
O motivo é o medo de atentados como o que ocorreu na Argentina no último dia 18, quando a explosão de um carro-bomba destruiu o prédio da principal organização judaica do país.
O saldo foi de 96 mortos e 14 desaparecidos, segundo levantamento feito no dia 26.
Calcula-se que o carro-bomba estivesse carregado com 150 kg de explosivos.
O governo da Argentina atribuiu o ataque a um grupo islâmico apoiado pelo Irã.
"Vamos estar em constante atenção com as escolas israelenses", afirmou o tenente Luís Geraldo Câmara, 32.
Segundo ele, algumas das sete escolas judaicas existentes em São Paulo terão carros da PM constantemente estacionados na porta.
Outras serão acompanhadas por policiamento a pé. "Todos os estabelecimentos judaicos, não só as escolas, estarão com policiamento reforçado por parte da PM", disse.
O diretor da Escola Brasileira Israelita Chaim Nachaman Bialik –onde as aulas começam amanhã–, Vitor Alexandre Murilo, 22, afirmou que o atentado na Argentina o deixou com medo.
Murilo disse que entrou em contato com a PM para pedir que um carro da polícia faça policiamento na escola. "Estou aguardando a resposta."

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