São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994
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Lojas faturam até 20% mais em julho

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As grandes redes de lojas não têm do que reclamar do primeiro mês do real. Em julho, empresas do varejo chegaram a vender até 20% mais do que junho e do que igual período de 1993.
Para boa parte dos lojistas, a demanda por televisores –provocada pela Copa do Mundo– puxou para cima a receita do comércio.
Além disso, eles citam o frio -que alavancou as vendas de lavadoras, secadoras e aquecedores- e a volta do uso do cartão de crédito e do crediário em até 10 meses.
A Casa Centro fechou julho com receita 20% maior do que a de igual mês do ano passado. Sobre junho, o aumento foi de 6%.
O Mappin faturou em julho 10% mais do que junho e 5% mais do que igual mês do ano passado. Sérgio Orciuolo, diretor, diz que o cartão de crédito volta a ter força.
A Mesbla também verifica a preferência por essa forma de pagamento. Doris Calmon, supervisora de marketing, diz que o cartão Mesbla já representa 40% do faturamento da empresa.
A rede de lojas Ponto Frio terminou julho com faturamento 7% maior do que o de julho de 1993 e 4% maior do que o de junho, diz Sérgio Giorgetti, diretor.
Levantamento da Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostra que as taxas praticadas pelos lojistas chegaram a 13% ao mês no começo de julho. Hoje, variam de 2% a 8% ao mês.
Para o presidente da entidade, Abram Szajman, a estimativa é a de que as vendas no comércio paulista cresceram 3% sobre junho.
"Os cheques pré-datados também puxaram as vendas. Alguns lojistas parcelam o pagamento em até quatro vezes."
Na rua Oscar Freire, nos Jardins, os cartões de crédito e os cheques pré-datados representam entre 60% e 70% da receita das lojas. O restante é à vista.
Até o final do mês passado era o contrário, informa Nina Bastos, diretora-executiva da Associação dos Lojistas da Rua Oscar Freire.
A Associação Comercial de São Paulo estima que em julho as vendas a prazo cresceram 17% sobre igual mês de 93 e 25% sobre junho. As vendas à vista caíram 20% e 15%, no período.
Agosto promete ser melhor do que julho para o comércio. A expectativa de queda dos juros, o Dia dos Pais e as liquidações de inverno animam os lojistas. "Esperamos venda 7% maior do que a de julho", diz Abram Szajman.

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