São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994
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Sócios recorrem ao dinheiro guardado

Pizzaria abre com capital próprio

DA REPORTAGEM LOCAL

Leonardo Pinto Filho, 48, e Valkir Magalhães, 48, abriram a Faenza Pizzaria no Brás (região central de São Paulo), no final de junho.
Eles fazem parte do universo de pessoas ouvidas pelo Datafolha que prefere o comércio (56%) como negócio próprio. Dos 1.080 paulistanos ouvidos, 4% optam por uma pizzaria.
Para montar o restaurante, Leonardo diz que foram investidos CR$ 20 milhões (as despesas foram realizadas antes da entrada do real em vigor).
Para levantar o capital, Leonardo vendeu sua Caravan, ano 85, e o restante ele e o sócio tiraram da poupança.
Essa é a forma de levantar o capital apontada por 68% dos paulistanos que afirmam ter planos concretos de abrir empresa.
O novo empresário diz estar satisfeito com o negócio. "No 3º dia de funcionamento faturamos R$ 1.500", diz. Hoje, a média de faturamento diário é de R$ 500.
"O começo é sempre tenso, porque você não sabe se vai agradar. Mas uma casa como a nossa exige um processo gradual e constante de aperfeiçoamento", afirma.
A MOM Confecções –que fabrica peças em malha, moletom e viscose– também foi aberta no final de junho, por Masako Kuzuhara, 53, e o filho Eduardo Horikawa, 22.
A escolha de Masako e Horikawa coincide com a alternativa de 3% dos paulistanos que escolheriam uma confecção como negócio, em um total de 6% de pessoas que abririam uma indústria.
A nova confecção tem feito uma média de 20 peças por dia. Horikawa e a mãe preparam um mostruário, apresentam para lojistas e trabalham sob encomenda.
Ele é formado em mecânica e trabalhava como técnico na USP (Universidade de São Paulo). Descontente com a carreira, preferiu se associar à mãe e abrir a empresa, motivo apontado por 1% dos pesquisados que já pensaram em se estabelecer por conta própria.

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