São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994
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'Rôtisseries' fazem sucesso com massas

ROBERTA JOVCHELEVICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Apesar do nome de origem francesa, as "rôtisseries" paulistas se caracterizam pela forte influência italiana e fazem sucesso mesmo é com as massas.
No sentido literal, a palavra "rôtisserie" significa loja que vende carne assada.
Em São Paulo, entretanto, os estabelecimentos do gênero têm na variedade sua principal característica e dificilmente sobreviveriam se restringissem seu cardápio às carnes.
"O forte da loja são as massas. O resto é complemento", afirma Ana Maria Martins Nunes, 40, sócia da Paola Di Verona, nos Jardins (zona oeste).
Os pratos com maior procura nas "rôtisseries" paulistas são massas, molhos em geral, tortas, saladas, carnes (frango assado, lombo, pernil), salgadinhos e sobremesas.
O investimento necessário para montar uma loja do gênero é de US$ 50 mil. O retorno do capital é previsto para dois ou três anos, segundo empresários do setor.
Entre os equipamentos fundamentais estão geladeiras, freezers e fogão industrial, além de utensílios básicos de cozinha (panelas, assadeiras, bandejas).
O sabor e a qualidade da comida são os principais atrativos de uma "rôtisserie". A fabricação própria dos produtos, portanto, é um quesito essencial.
"Além disso, se você compra mais do que faz, o lucro diminui e os custos podem inviabilizar o negócio", afirma Ilda Hideko M. Uema, 35, dona da Hit-Foods, na Vila Mariana (zona sul).
Amassadeira, cilindro (faz a massa na espessura certa) e extrusor (dá o formato) ajudam bastante no preparo das massas –com cerca de R$ 2.000 é possível adquiri-los.
É preciso estar sempre reciclando o cardápio, ter bom atendimento, mão-de-obra eficiente e preços competitivos para que a casa dê certo.
"O ramo de comida, desde que ela seja bem feita, é ótimo, pois não tem crise e a propaganda é feita pelos próprios clientes", diz Ana Maria.
É necessário, no entanto, tomar cuidado para que os produtos não estraguem antes do tempo. Alimentos à base de leite devem ser bem cozidos e fervidos.
"A comida deve ser colocada em embalagens limpas, secas e fechadas, dentro da geladeira ou freezer", alerta Mário Luis Barbosa, 34, gerente da Pastíssima, em Pinheiros (zona oeste).
Barbosa explica que a precaução é necessária para evitar que os alimentos entrem em contato com a água, que os deteriora completamente.

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