São Paulo, terça-feira, 2 de agosto de 1994 |
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Cartilha brasileira ensina combate ao terror
DANIELA PINHEIRO
A cartilha intitulada "Terrorismo" tem cerca de 60 páginas. Foi editada no final de 1992 para direcionar investigações da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e da PF (Polícia Federal). Desde então, o governo recorre a estas instruções em caso de ameaça terrorista no país. As recomendações estão sendo seguidas para investigar a possível passagem pelo Brasil de terroristas responsáveis pelo atentado contra a sede de uma entidade judaica de Buenos Aires, há duas semanas. A intensificação de fiscalização em fronteiras também é recomendada no documento. A área de risco seria o sul do país. Lá estaria concentrada a maior parte das comunidades palestinas que financiariam atividades da OLP. Embaixadas e consulados de países do Oriente Médio, segundo a cartilha, necessitam de "policiamento ostensivo". No serviço de informações brasileiro admite-se que Irã, Iraque, Arábia Saudita e Líbia concentram o "maior foco de terroristas do mundo". Os principais grupos guerrilheiros e seus líderes estão listados. Sobre o grupo Hizbollah, suspeito do atentado na Argentina, existem poucas informações. O Hizbollah é considerado uma facção libanesa radical. Não está especificado se tem apoio do Irã. Consta que o Hizbollah foi responsável por três ameaças de atentado na Embaixada da Arábia Saudita. A primeira, através de cartas e telefonemas, em 22 de novembro de 1989. A segunda, uma semana depois. A última ameaça foi em 1º de dezembro daquele ano. Na conclusão da cartilha, está escrito que os povos árabes não separam a ética da religião, da política e de assuntos econômicos. Por esta razão, suas atitudes, por mais absurdas que possam parecer, devem ser investigadas com todo rigor, segundo a cartilha. Texto Anterior: Heidi Fleiss se diz inocente no tribunal; Lisa Presley confirma casamento com Jackson; Próximo Texto: Da Sucursal de Brasília Índice |
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