São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994 |
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Assessor de Palmeira será chamado a depor
DENISE MADUEÑO
Ontem, em depoimento de quatro horas à Procuradoria da República, o ex-motorista da empresa Otair de Oliveira afirmou ter entregue brindes de final de ano da empreiteira para Palmeira em 1992. Oliveira também reafirmou as acusações contra Moura reveladas pela Folha no sábado passado. Ele disse ter feito cerca de 20 depósitos da Sérvia na conta bancária do assessor de Palmeira, com valores entre CR$ 50 mil e CR$ 200 mil. O motorista denunciou um suposto esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propina pela Sérvia a Palmeira e outros parlamentares em troca de emendas em favor da construtora. O procurador deve pedir a abertura de inquérito para apurar as denúncias até sexta-feira. O pedido deverá ser encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o motorista, em 1993, o "presente" a Palmeira foi entregue pelo próprio diretor da empresa, Simião Sobral de Faro. Oliveira citou ainda os nomes de outros parlamentares que teriam recebido brindes da Sérvia: senador Divaldo Suruagy (PMDB-AL), deputados Cleonâncio Fonseca (PPR-SE) e Tony Gel (PFL-PE) e o ex-deputado Genebaldo Correia (PMDB-BA). Outro lado Procurado pela Folha nos últimos dois dias, o assessor Carlos Abraão Moura não foi encontrado em sua casa em Maceió (AL). Na casa de seus pais em Alagoas, a informação é que ele está viajando. A Folha tentou encontrar os parlamentares citados pelo ex-motorista da Sérvia. Em Maceió, a mulher do senador Divaldo Suruagy disse que o marido estava gravando o programa eleitoral. O filho do ex-deputado Genebaldo Correia disse que o pai estava na fazenda e afirmou não saber quando ele retornaria. O deputado Tony Gel também não foi encontrado em seu apartamento em Brasília nem em Recife. Os telefones do deputado Cleonâncio Fonseca não atenderam ontem. Texto Anterior: Moura não preocupava Próximo Texto: Amin não explica caso de 'imóvel fantasma' Índice |
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