São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994
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Diretor de hospital é assassinado em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O médico ortopedista Rafael Di Giaino, 34, foi assassinado anteontem, às 20h45, por dois homens que estavam em uma motocicleta. O crime aconteceu na praça General Costa Barreto, no Tatuapé (zona leste de São Paulo).
Di Giaino era casado e tinha três filhos. Ele era diretor do setor de ortopedia do Hospital da Zona Leste, que pertence à sua família.
A polícia não tinha pistas dos assassinos até as 18h de ontem, mas desconfiava que o médico havia sido morto durante uma tentativa de assalto.
Na noite de anteontem, ele saiu do trabalho e levou sua mulher, Elizabete Di Giaino, 30, até uma quitanda na praça General Costa Barreto, a cerca de cem metros do prédio onde morava o casal.
Elizabete desceu da Caravan do marido para fazer compras e ele ficou aguardando a mulher no carro.
Nesse momento, dois homens em uma moto pararam ao lado da Caravan e, após alguns segundos, dispararam dois tiros. Uma bala acertou o pescoço e a outra, o tórax do médico.
Sua mulher estava pagando as compras quando ouviu os tiros. Ela saiu da quitanda e viu o marido ensanguentado na Caravan. Os assassinos estavam fugindo na moto, sem levar nada do ortopedista.
O comerciante Orlando da Silva, 53, estava próximo ao local e também ouviu os tiros. Ele entrou na Caravan do médico e o levou para o pronto-socorro do hospital municipal do Tatuapé.
Elizabete foi chamar o irmão de seu marido, o cirurgião Marco Di Giaino, que mora no mesmo prédio que o casal.
Quando os dois chegaram no pronto-socorro do Tatuapé, Rafael Di Giaino já estava morto.
O 30º DP instaurou inquérito para apurar o crime e está atrás de testemunhas que tenham visto o rosto dos assassinos.
Segundo o advogado dos Di Giaino, Carlos Alberto da Silva Paranhos, 51, a família também suspeita que Rafael Di Giaino tenha sido vítima de ladrões. "Ele não tinha inimigos", disse.
O médico ortopedista foi velado e enterrado ontem à tarde no cemitério da Quarta Parada, no Brás (zona leste).

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