São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994
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Parreira, Branco e Bebeto pagam imposto à Receita

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Os jogadores Branco e Bebeto e o técnico Carlos Alberto Parreira pagaram à Receita Federal os impostos sobre os eletroeletrônicos que compraram nos EUA.
O inspetor da Alfândega no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, Sylvio Sá freire, disse que Bebeto pagou US$ 5.000 e Parreira, aproximadamente US$ 4.000.
Quem pagou mais, segundo Sá Freire, foi o lateral Branco: US$ 8.000. Ele trouxe eletrodomésticos para montar uma cozinha completa, entre eles geladeira e máquina de lavar.
Ontem Branco esteve na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e assinou um comprovante de pagamento dos impostos referentes a ultrapassagem da cota-limite de US$ 500. Ele não quis comentar o assunto.
A bagagem do lateral-esquerdo estava retida no aeroporto desde o dia 20 de julho. Suas compras não couberam no avião, vieram em outro vôo e ficaram retidas até que ele pagasse o imposto.
O inspetor Sylvio Sá Freire deu entrevista à Folha por telefone. Ele não quis esclarecer como foi feito o pagamento e não forneceu as listas de bagagem dos jogadores.
Agora, a Alfândega quer obter a lista das compras embarcadas de cada um dos passageiros do vôo. A Varig já informou que não tem esse tipo de lista.
O procurador da República no Rio, Rogério Nascimento, enviou ofício à Varig pedindo a lista das bagagens embarcadas, o peso de cada volume e a identificação do proprietário.
Nascimento está investigando as responsabilidades dos funcionários da Receita e dos passageiros na liberação das bagagens.
Na Receita Federal, uma comissão de sindicância está apurando o caso. Funcionários da Varig, da Receita, da Infraero, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já foram ouvidos.
A liberação do pagamento de impostos de importação das compras feitas no exterior pelos integrantes do vôo que trouxe a seleção causou uma crise que originou a saída de Osiris Lopes Filho da Secretaria da Receita Federal.

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