São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994
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Mercosul pode se reunir sem acordo

SÔNIA MOSSRI
DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

Chanceleres de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai fazem hoje pela manhã uma reunião de emergência em Buenos Aires na tentativa de acabar com empecilhos ao Mercosul. Ainda não há acordo sobre produtos que terão proteção especial no mercado comum.
Ao final do dia de ontem, o ministro argentino da Economia, Domingo Cavallo, e o embaixador brasileiro na Argentina, Marcos Azambuja, disseram aos uruguaios que o Mercosul ocorreria com ou sem a participação do Uruguai.
Oficialmente, Azambuja tenta minimizar o impasse criado nas negociações sobre o Mercosul por causa da insistência uruguaia no tratamento diferenciado das tarifas aduaneiras de 1.900 produtos.
Na prática, Argentina, Brasil e Paraguai aceitam proteção especial para menos de 400 produtos.
O governo do Uruguai deseja que 50% de componentes de nacionalização dos seus produtos seja o índice para que sejam classificados como uruguaios e, assim, aptos a circular no Mercosul.
Durante todo o dia de ontem, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorin, e da Argentina, Guido Di Telle, teleforamam várias vezes para assessores diretos do presidente do Uruguai, Luis Lacalle, num esforço para evitar a saída do Uruguai do Mercosul. (Sônia Mossri)

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