São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994 |
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General diz que Quércia sonegou imposto e enriqueceu ilicitamente
EDNA DANTAS
Quércia é candidato à Presidência da República pelo PMDB. "Foram constatadas irregularidades relativas ao Imposto de Renda bem como patrimônio incompatível com os ganhos do então senador", disse Sellmann, ex-vice-presidente da comissão, criada durante o regime militar. Em suas declarações ao juiz Valmar Gama de Amorim, no Fórum de Mendes (a 98 Km do Rio), Sellmann disse acreditar que a "retenção do processo foi motivada por interesses políticos". Ele depôs no processo por difamação movido por Orestes Quércia contra o diretor responsável do "Jornal da Tarde", Ruy Mesquita. Em entrevista após o depoimento, Sellmann afirmou que a CGI propôs o sequestro dos bens e a cassação de Quércia. "O processo ficou em mãos da Presidência da República. Era atitude do presidente da República (Ernesto Geisel) receber o documento e realizar o confisco". Em sua opinião, ao deixar de confiscar os bens do então senador, o presidente Geisel violou o decreto-lei 64.603 de março de 69. "A parte de sonegação fiscal, ele (Quércia) pagou com juros e correção monetária, procurando se livrar. Durante dez anos ele refez toda sua vida (67 a 77) perante o Imposto de Renda. Mas nem assim ele podia convencer a CGI que não tinha havido enriquecimento ilícito", disse. Texto Anterior: Expansão do mercado no Brasil é possível, afirmam especialistas Próximo Texto: "Sexo de proveta" gera superbactéria Índice |
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