São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994 |
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AS PRINCIPAIS QUESTÕES DO DEBATE Paulo Renato Souza Marco Aurélio Garcia 1 - Inserção internacional - "O objetivo de longo prazo é transformar o Brasil numa sociedade moderna inserida na economia internacional". - "A experiência histórica ensina que só há possibilidade de inserção competitiva (na economia internacional) se tivermos um grande parque industrial competitivo e um grande mercado interno". 2 - Estabilidade econômica - "A estabilidade econômica é condição para que outros problemas possam ser atacados, mas não é algo que substitua tudo o mais". - "Não se pode pensar em primeiro estabilizar para depois pagar a dívida social. A estabilização exige uma articulação imediata com a distribuição de renda". 3 - Reforma agrária - Defendeu um programa "realista" de reforma agrária e assentamento de trabalhadores rurais. - Citou a meta, "modesta", de assentar 800 mil famílias em quatro anos em propriedades improdutivas, acoplada a uma política agrícola de créditos, insumos etc). 4 - Fontes de financiamento - Defendeu o uso dos recursos fiscais "prioritariamente" para saúde e educação. Os demais programas seriam financiados com a renda de privatizações, por meio de parcerias com o setor privado para construção e gestão de obras de infraestrutura e pelos recursos externos. - Pregou uma "reforma profunda" do Estado brasileiro, de forma a "desprivatizá-lo". Disse que o financiamento dos programas viria do "redirecionamento da poupança interna do setor especulativo para o produtivo". Também defendeu o capital externo. 5 - Educação - "O problema é de qualidade da educação e não de falta de escolas". Prometeu racionalizar a administração de forma a que os recursos que existem cheguem efetivamente à sala de aula. - Colocou a educação como "elemento fundamental não só para a qualificação da força de trabalho mas para o acesso à cidadania". 6 - Emprego - "O governo não vai atuar diretamente como empregador mas estimular atividades que gerem grande número de empregos". Disse ser "temerário" fixar um número qualquer de criação de empregos. - Não citou a meta do PT de criar 8 milhões de empregos nos próximos quatro anos. Preferiu anunciar que o futuro governo convocará um debate internacional sobre o assunto, até porque ambos coincidem em que o problema é, hoje, de todos os países. 7 - Salários/salário mínimo - "É impossível manter o nível atual do salário mínimo, mas é preciso separar o salário mínimo que o trabalhador recebe daquele que serve como indexador da Previdência, para permitir aumento paulatino". - "Não há justificativa que iniba uma ação criativa e sistêmica do governo para elevação do salário mínimo". Também mencionou, sem detalhar, a reforma da Previdência. Texto Anterior: Petista ataca aliança do PSDB Próximo Texto: Amizade de assessores é antiga Índice |
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