São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994 |
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Calçada do Lorena deve reabrir este mês
EDSON FRANCO
O volume de água provocou o desmoronamento de trechos da rodovia Caminho do Mar, única via de acesso à calçada. Com seus mais de 200 anos, a calçada do Lorena nada sofreu. Com um empréstimo de 2.688 réis, retirado junto ao "cofre dos ausentes" –fundo da capitania onde era depositado o dinheiro dos órfãos–, Bernardo José Maria de Lorena construiu a calçada que levou seu nome em 1792. Para vencer o terreno acidentado, Lorena projetou um traçado em forma de ziguezague. Alguns historiadores afirmam que este trajeto era inédito até então. Segundo a historiadora Denise Mendes, da Divisão de Preservação do Patrimônio Arquitetônico da Eletropaulo, existem sob a calçada indícios de utilização anterior do mesmo traçado. A calçada –que tem este nome devido ao uso de pedras no calçamento- conheceu seu momento de glória no dia 6 de setembro de 1822. Montado em uma mula baia, d. Pedro 1º viajou de Santos até São Paulo pela calçada. Proclamou a Independência no dia seguinte. LEIA MAIS Sobre a calçada do Lorena nas págs. 6-12 a 6-13. Texto Anterior: Cidades têm herança colonial preservada Próximo Texto: Rainha negou empréstimo para a obra Índice |
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