São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994
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Rainha negou empréstimo para a obra

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A calçada do Lorena nasceu problemática. O empréstimo de 2.688 réis que Bernardo José Maria de Lorena conseguiu foi rechaçado pela rainha de Portugal, d. Maria 1ª.
Ela ordenou que a verba fosse devolvida com rapidez ao "cofre dos ausentes". Lorena mandou construir pedágios nas extremidades da calçada e resgatou o empréstimo em um ano.
Outros problemas anteriores à construção eram o terreno acidentado e o alto índice pluviométrico da região. Para solucioná-los, foram projetados o traçado em ziguezague e a pista com inclinação para o centro, permitindo escoamento de águas.
Para coordenar a obra de construção da calçada, Lorena nomeou o engenheiro português João da Costa Ferreira. Lorena queria do engenheiro a experiência que ele havia adquirido como um dos construtores que reergueram Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755.
A tecnologia empregada na obra –assentamento de pedras– era rara até na Europa. Esse fato é comprovável pelo relato de técnicos europeus contratados por Portugal para a execução de serviços cartográficos.
Um deles, o naturalista alemão Daniel Kidder, registrou em seu diário que "igual à calçada do Lorena não há outra em toda a Europa."(EF)

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