São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994
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Da Sucursal de Brasília e da Reportagem Local

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL

Deputado Germano Rigotto (PMDB-RS), vice-líder do PMDB na Câmara e integrante da dissidência gaúcha, que é contra a candidatura de Orestes Quércia: "A decisão do STJ fortalece Quércia. Deve haver um recuo das posições contrárias a Quércia, que preparavam dissidências em alguns Estados. Não é o caso do Rio Grande do Sul, que está fora do processo desde o início. "Quércia vai usar a decisão do STJ a seu favor, mas isso não vai mudar a posição de quem é contra ou a favor de sua candidatura".
André Forster, presidente do PMDB gaúcho: "A decisão deve representar menos dificuldades para Quércia".
Deputado João Almeida (PMDB-BA), vice-líder do PMDB na Câmara e aliado de Quércia: "A decisão do STJ dispensa comentários. Eu já esperava essa decisão. A motivação da denúncia contra Quércia, neste momento, foi claramente eleitoreira. O resultado do julgamento caracteriza que todo este oba-oba em torno de Quércia não tem sentido".
Deputado Delfim Netto (PPR-SP): "Decisão de juiz não se comenta. Se respeita. Não se tem que gostar ou não. Por definição, o Tribunal faz justiça. Prefiro respeitar os que estudaram o processo".
Rui Falcão, presidente do PT: "Talvez o STJ tenha se inclinado por responsabilizar o governador Fleury, que era o responsável direto pelo caso como o secretário da Segurança. Agora, Quércia tem as mãos mais livres para fazer campanha."
Arnaldo Malheiros, advogado de Quércia: "A maioria dos votos entendeu que se algum crime houve, o que não está afirmado, ele não teria tido participação".
Samuel Buzaglo, advogado da empresa Trace, que intermediou a compra dos equipamentos: "O estelionato não existiu não só em relação ao ex-governador, como também aos demais acusados. Se excluiu um de co-participação, se excluem os demais".
Dagmar Cupaiolo, presidente do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo: "Realmente o assunto estava nebuloso e provocou dúvidas justificadas. Nas atuais circunstâncias, ou confiamos no Poder Judiciário ou estamos perdidos. Quando o mais alto tribunal não vê condições de indiciá-lo, a questão está encerrada."
Joseph Coury, presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo: "Entendo que o que o Poder Judiciário decide não se discute, se cumpre. Se o STJ concluiu que ele é inocente, nada resta a dizer."
Colaborou a Agência Folha em Porto Alegre

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