São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acusação apontou 'lesão ao Estado'

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O subprocurador Paulo Sollberger concentrou a acusação em relação ao ex-governador Orestes Quércia, que "exerceu papel preponderante na lesão ao Estado".
Sollberger citou o protocolo firmado em 1988 com o cônsul de Israel, Tzvi Chazan, e disse que não foi praticado "nenhum dos programas, projetos e estudos objetos do protocolo".
Disse que o protocolo firmado pelo ex-governador "serviu apenas para celebrar com a Sealbrent oito contratos, só para isso, mais nada". O documento "deu cobertura às importações superfaturadas, com dispensa de licitação".
"A relação de causa e efeito está abundantemente demonstrada, todos os contratos fazem menção ao protocolo. Os procedimentos administrativos não passaram de um engodo, estavam direcionados para a importação", disse.
"Por que essa verdadeira obsessão para direcionar todas as compras para os equipamentos oferecidos pela Trace?", perguntou.
Segundo a acusação, foi porque isso possibilitaria a dispensa de licitação. E porque induziria os órgãos do Estado a adquirir os equipamentos que vinham sendo oferecidos pela Trace.
Sollberger disse que o relacionamento de Halpern com Quércia era "palpável". Disse que Halpern circulava nas repartições e chegou a ajudar a redigir as cláusulas dos contratos.

Texto Anterior: Da Sucursal de Brasília e da Reportagem Local
Próximo Texto: Para defesa, atos foram normais
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.