São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994
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Blitz do Ministério Público fecha 2 asilos para idosos em São Paulo

DO NP

Uma blitz, realizada ontem pelo do Ministério Público (MP), fechou dois asilos para idosos no Parque São Lucas (zona leste de São Paulo), acusados de maus-tratos aos internos.
As duas clínicas, matriz e filial da Casa de Repouso Favos de Luz, apresentavam superlotação, condições precárias de higiene. Também foram encontrados alimentos deteriorados.
O promotor João Estevam da Silva, do Ministério Público de São Paulo, determinou a prisão dos dois proprietários das casas de repouso.
Admilson Ricciopo Valente, presidente do Centro Espírita Favos de Luz, e Amídio Valente, vice-presidente, foram liberados após pagamento de fiança. Eles não haviam sido encontrados até o final da tarde de ontem.
Em um dos asilos, localizado na avenida Oratório, o Ministério Público encontrou 20 idosos alojados em apenas quatro cômodos.
Na outra clínica, que funcionava na rua Bispo Eugênio Damasceno, a blitz do MP apreendeu frutas, verduras e legumes em processo de deterioração.
O Ministério Público também encontrou, na despensa da casa de repouso, 44 sacos de farinha de trigo que estavam com a data de validade vencida desde 92.
Procurações
Segundo o promotor João Estevam da Silva, o preço da internação nos asilos chegava a R$ 85,00 mensais. O Ministério Público afirmou que os proprietários das clínicas possuiam procurações para receber as aposentadorias de alguns idosos.
Após o fechamento dos asilos, cerca de 40 idosos foram transferidos para outras casas de repouso em São Paulo.
O Ministério Público informou que o Centro Espírita Favos de Luz se comprometeu a realizar reformas nos dois asilos interditados.

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