São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994 |
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Celular faz um ano com 300 mil na fila de espera
ANDRÉ MUGGIATI
Hoje, são 120 mil aparelhos no Estado, sendo 88 mil na capital. Cerca de 300 mil pessoas aguardam para obter uma linha. O prazo para entrega chega a oito meses. Ao comprar o aparelho, deve-se exigir nota fiscal. Sem a nota, a Telesp não faz a habilitação (ligação do aparelho à rede). Aqueles que precisam da linha imediatamente têm à disposição o mercado paralelo, mas devem prestar atenção aos golpes. Os corretores de telefone de São Paulo oferecem uma linha de celular por cerca de R$ 400,00, o dobro do preço da linha na Telesp. O golpe mais comum, segundo a Telesp, é o repasse mais barato de linhas do interior do Estado. Nesse caso, toda ligação feita ou recebida fica com o custo adicional de interurbanos. Para evitar golpes como esse, o interessado deve checar a idoneidade do corretor e se informar sobre a linha com a Telesp, pelo telefone 1404. Os problemas mais comuns na utilização do sistema na cidade de São Paulo são as interrupções das ligações. Isso ocorre principalmente na região dos Jardins (zona oeste) e da avenida Paulista (centro). Em pesquisa realizada em fevereiro, a Telesp constatou que 65% dos usuários já tiveram problemas com chamadas nesses locais. Para Gilson Rondinelli Filho, gerente do departamento de celular da Telesp, os problemas são causados pelo número de usuários, o relevo e os prédios. O grande número de usuários nos Jardins frequentemente superlota a estação local. Cada estação rádio-base, que faz a ligação com a rede telefônica, comportam no máximo 54 ligações simultâneas. Segundo Rondinelli, novas estações serão instaladas para solucionar os problemas nessas regiões. Texto Anterior: Bala perdida atinge bibliotecária no Rio Próximo Texto: Praticidade atrai 76% dos usuários Índice |
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