São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994
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Parmalat compra mais dois laticínios e fábrica de sucos

MARISTELA MAFEI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Parmalat, do grupo italiano Tanzi, compra mais dois laticínios no Brasil e torna-se a única empresa a ter estrutura para captar leite em todas as regiões do país.
Para firmar sua marca também no setor de sucos, a empresa finaliza hoje negociação para a compra da fábrica da Bolls-Millani sediada em Feira de Santana (BA).
Apesar de seu vertiginoso crescimento no setor de laticínios, a Parmalat quer diversificar sua atuação entrando em novos segmentos, como o de chás prontos e sucos em garrafa.
A Parmalat foi às compras em Rondônia, onde comprou o laticínio Ouro Preto, e em Goiás, onde adquiriu o laticínio Silvânia.
Ainda em 94, a empresa havia adquirido, no início do ano, o laticínio Cilpe, em Pernambuco.
Com a expansão, a Parmalat chega no segundo semestre com média diária de captação de três milhões de litros/ dia. A liderança é da Nestlé, que compra diariamente, na média do ano, 4,1 milhões de litros/dia.
O grupo italiano consolida-se, ainda, na liderança do mercado de leite tipo Longa Vida e encosta na Paulista e no grupo Mansur (Leco, Vigor e Flor da Nata) na comercialização do leite tipos C e B.
No setor de produtos refrigerados (iogurtes e sobremesas lácteas), a última pesquisa Nielsen indicou que a Parmalat, com apenas dois anos de atuação no mercado, ultrapassou as cinquentenárias Batavo e Paulista, ambas formadas por sistemas cooperativistas.
Na última pesquisa, do bimestre abril/maio, a Parmalat aparece com 13,5% do mercado, contra os 12,7% da Paulista e 10,6% da Batavo. A liderança é da Danone, com 26,7%, seguida pela Nestlé, com 19,2%.
Os investimento da Parmalat no Brasil são bancados pelo grupo Tanzi e por empréstimos contraídos junto ao sistema financeiro no mercado interno.
No seu sexto ano de atuação no país, a empresa deverá obter, em 94, faturamento próximo dos US$ 750 milhões, contra os US$ 472 milhões obtidos no ano passado.
Com a estabilização do consumo na Europa, grandes multinacionais de alimentos investem em mercados com potencial de crescimento, como o Brasil.
A Nestlé, dentro da mesma estratégia, comprou parte dos postos de laticínios da Spam, até então terceira maior empresa do setor do país, no final de 93.
A empresa foi às compras também em Goiás, onde comprou parte dos laticínios Via Láctea.

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