São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994
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Deslancham as vendas dos produtos populares

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas de produtos populares nas lojas da periferia deslancharam com a nova moeda. De alimentos da cesta básica a móveis ou cosméticos comercializados de porta em porta, houve um incremento nos negócios.
Entre arroz, feijão, açúcar e carne de segunda, o supermercado D'Avó, com quatro lojas na zona leste de São Paulo, constatou, por exemplo, um acréscimo de 6% nas vendas de julho sobre o mês anterior, informa Dionísio Ferreira, subdiretor.
A Casa de Móveis A Barateira, com sete lojas na capital, registrou crescimento de 40% nas vendas depois do real, segundo Isaac Liberman, dono da empresa.
No mês passado, o movimento no comércio de vestuário popular aumentou 20% em uma cadeia de 32 lojas, cinco delas na zona leste, e que prefere não ser identificada.
"Sem dúvida, o real deu fôlego novo às vendas", diz Silvio Zveibil, gerente de vendas da Avon.
A Avon contabilizou alta de 15% no faturamento na primeira quinzena de julho e de 30% no restante do mês, em relação a igual período de 1993.
Entre os campeões de vendas estão produtos baratos como duas soluções para unhas, na faixa de R$ 2, e um composto para diminuir a oleosidade da pele, que sai por R$ 5,99.
A empresa comercializa cosméticos a domicílio e tem 68% da clientela nas classes C e D.
Apesar de não ter números consolidados, houve uma explosão de pedidos nos três primeiros dias de agosto, diz Zveibil.
Segundo estudo de uma grande cadeia de supermercado, com unidades em bairros pobres e ricos, o real teve impacto maior nas lojas com clientela de menor renda.
Isto é, conseguiu reverter movimento de queda nas vendas de 3,5% registrado em junho sobre maio nessas lojas. Em julho, houve até um ligeiro crescimento.

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sobre vendas à pág. 2-10

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